quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Calma e elegância - Ao amigo Cleber Williams

Tenho muita saudade dos tempos da faculdade de Direito. Não pelo curso, e sim, pelos colegas e amigos envolvidos naquela atividade. Em especial, sinto saudades da companhia e efervescência de idéias de um amigo: Dr. Cleber Williams. Esse cara me ajudou muito no amadurecimento profissional e desenvolvimento pleno. Uma das coisas interessantes que aprendemos juntos na faculdade aconteceu numa palestra do reitor da Universidade da Amazônia, Prof. Edson Franco, que compartilhou conosco um ensinamento mais que fundamental. Disse ele: "meu pai, grande homem, uma vez me disse: filho, na hora de tuas angústias, calma e elegância."
Essa frase valeu por todos os cinco anos de faculdade, e a amizade do Kelé, essa então não tenho nem como comentar. Um abraço fraterno ao amigo, hoje no Estado de Alagoas com sua linda família.
Em homenagem, quero postar um belo texto do blog do Cleber, disponível em cospess.blogspot.com
Boa leitura,
רפאל
Segunda-feira, 16 de Abril de 2007

Tu és o cão, diabo
Essa foi a frase que escutei em uma das aulas que estava ao lado da sala, observando a professora de uma escola fundamental, dizer para um aluno. Não fiquei surpreso, queria ter gravado a aula, a professora estava tendo um ataque de nervos, se é que ainda tinha esses nervos. Não sei como pode uma professora lecionar nessa situação, gritos e mais gritos, imagino que as crianças devem ter uma boa imagem da escola, percebi na hora do lanche e da saída, era uma gritaria só, em deixar o colégio, e mais interessante é que ao chegarem na escola não se grita tanto, só os professores gritando para os alunos irem para as salas de aula. E não poderia deixar de comentar, vendo as imagens de crianças descalças a maioria, já que não tinham sapatos ou sandálias, lembrei de minha infância, em que ia para a escola com sandálias havaianas aquelas que não soltavam as tiras e nem deformavam, e em menos de 3 semanas colocava-se grampo na divisória dos dedos, pois já havia soltado as tiras de tanto caminhar, naquele tempo era um atestado de pobreza ira para aula de sandálias havaianas, era só os que não tinham sapatos que usavam havaianas, hoje usar havaianas é luxo, a R$ 15 reais, quem é que pode se dar ao luxo de usar uma havaiana há 15 reais. Mas voltando ao assunto, dos pés descalços, se alguem já observou os quadros que retratam a escravidão, saberá o que estou comentando, os escravos eram os pés-rapados, pois não usavam sandálias, ou sapatos, já que objetos não usam sapatos, apenas as bonecas portuguesas ou francesas. Os sapatos ficavam para o uso dos senhores. Assim imaginei naquela escola do interior próximo há uns 70 quilômetros da capital, pessoas indo a escola sem sapatos ou sandálias. Escravos em tempos contermporâneos. Coisas de brazil, imagine se esse quadro é visível aqui nesse estado tão grande e tão rico. é verdade o brasil não conheçe o brazil. Cospess.

2 comentários:

Factorium disse...

Meu amigo Rafa, muito obrigado pelas palavras. Lembro-me daquela frase até hoje "calma e elegância". Sinto saudades tb do tempo da faculdade, e como vc disse as amizades essas certamente ficam em nossas vidas, pois são verdadeiras, e assim sendo resistem a acidez do tempo. Meu amigo, gostei de seu blog, o nome é certamente fruto de uma mente brilhante - Curado por Deus - quanto têm essa alegria de ser curado por Deus, e quantos não buscam essa cura, vivem doentes, nos vícios, na indole desconstrutiva dos valores, ou seja, a inversão dos valores como cita maquiável " se vives em um mundo em que fazer o errado é certo, se tentas fazer o certo és errado". Essa realidade distante de nós. Lembro-me de um professor que para mim e certamente a esse amigo Rafael, o Athaualpa Fernadez (era uma complicação escrever o nome, mas muito fácil compreender seus ensinamentos) voz serena, uma humildade em interagir com os alunos. Até hoje reflito diariamente nos locais em que estou um comentário sobre os valores, fazia referências sobre a encratéia no qual havia dois tipos de pessoas: uma acrática: que é levado pelas paixões incontroláveis, não levando em conta os valores, prevalecendo apenas o egoísmo, vivendo como um mero animal, por instinto, não chega a pensar nas consequências de seus atos; e o outro era o encrático, este mesmo sendo sujeito as paixões, leva em consideração as consequências de seus atos, pois vive no mundo do discernimento, sabendo que não existe uma ação sem uma reação.
Meu amigo Rafa, parabéns pela criação do blog, aqui manifestamos o que somos, pois conhecemos os amigos, as palavras são reflexos do que vivenciamos. Só somos curados quando aceitamos a verdade de Deus, essa é transformadora, e o melho não é por crediário, muda-se à vista, por inteiro. Morrer para renascer. A velha natureza,que contamina o homem não mais nos domina,não somos mais escravos de vícios, somos seres transformados.
Amigo Rafael, que Deus sempre ilumine teus atos, vc certamente é uma pessoa sensível ao outro. Um fraterno abraço do amigo que te admira muito. Cleberson Williams, <><

Rafael Carvalho Brito disse...

Obrigado Cleber pelas palavras. A escolha do nome é intrinseca: do hebraico, curado por deus = rafael.
Acredito que somos, com certeza e perseverença, mais enkráticos que num minuto anterior.
Abraço fraterno, Rafael.